Jovens celebram experiências adquiridas no Tiro de Guerra
Novembro 16, 2023Celso Gomes
Secretaria de Proteção ao Cidadão
Todos os anos é assim: as preocupações e incertezas do serviço militar obrigatório mexem com os sentimentos e emoções dos jovens e familiares. Mas ao fim do ano, a cerimônia de formatura dos atiradores do Tiro de Guerra mostra que os 9 meses de aprendizado se tornam uma lição de vida.
Na terça-feira (14), mais de 300 pessoas celebraram o fim de um ciclo cheio de histórias tanto para os pais quanto para os filhos.
Fábio Cerrito Junior levará a experiência do Tiro de Guerra por toda a vida. No início do serviço militar, ele não queria servir, tinha cabelo comprido e queria arrumar emprego.
“Cortei e doei meu cabelo ao Gaac”, disse o atirador. “Gostei do ambiente do Tiro de Guerra e, com o apoio do sargento, consegui o emprego que sonhava sem deixar de servir”, contou ele, ao lado dos pais, Juliana e Fabio. “Foi uma grande vitória”, completou.
Outro soldado que comemorou bastante a conclusão do serviço militar foi Clayton Gusmão Monteiro Junior. Ele já se interessava pelo serviço militar. Ao ingressar no Tiro de Guerra, confirmou a vocação, saindo até com o braçal de monitor e com planos de seguir carreira.
Para Juliana Brandão Monteiro, mãe de Clayton, o serviço militar foi uma grande experiência para o filho. “Na fase de seleção, eu falava para ele dizer que não queria servir, mas no fundo ele queria. Então apoiei a decisão. Hoje eu agradeço os sargentos porque vejo que foi uma experiência muito boa, de desenvolvimento de maturidade, foco, responsabilidade. Uma preparação para ser um bom cidadão que ele levará para a vida toda.”
Cerimônia
A formatura de Incorporação do efetivo do Tiro de Guerra de São José dos Campos é o rito final para o licenciamento (dispensa) dos atiradores incorporados em março.
Essa foi a primeira vez que a cerimônia aconteceu fora da sede da corporação, com o objetivo de oferecer um ambiente mais acolhedor para reconhecer a participação das famílias ao longo do ano.
“O Tiro de Guerra é como uma escola, e nesta turma tivemos uma participação muito ativa dos pais dos meninos“, disse o sargento Vladimir Machado Carlos, chefe da instrução. “Aliás, não tivemos nenhuma desistência do serviço militar ao longo do ano. Esse resultado também é fruto da parceria com os pais.”
No município, o Tiro de Guerra forma soldados reservistas, que também participam de ações comunitárias. A instituição é mantida, por meio de convênio, pela Prefeitura, que disponibiliza as instalações e a manutenção. Já o Exército Brasileiro, a quem a corporação é ligada, é responsável pelo fardamento, material bélico, munição e instrutores.
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